quinta-feira, 14 de julho de 2011

Brincar de Novo Amor.

Quando se pensa em tudo
Fica impossível acertar,
Não olhe sempre pro escuro,
Às vezes tente escutar.

Olhe’alegria que sentes,
Nas poucas horas pra gente.

Não vai valer apena,
Mas vai valer a dor.
Esquecer certos dilemas,
Brincar de novo amor.

Esqueça o dedo apodrecido,
Feche os seus olhos,
Pule comigo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Improviso.

Vem, traz contigo...
Um sorriso bom
E agente improvisa.

domingo, 18 de julho de 2010

Estrada.

Perguntaram-me por João Judas José
Disse que nada mais se sabia dele
E acrescentei: “caiu no mundo”.

Descobrir seu rumo
Impossível seria
Um bilhete de trem, ônibus, avião...

Talvez um dia se encontre João Judas José
Na beira de uma rodovia
Viajando de dedão
Na boleia, e sem dinheiro.

O mundo correndo inteiro.
O mundo de quem o descobriu
Mesmo não cabendo em nós
E nós não cabendo nele.

sábado, 10 de julho de 2010

Adeus João Judas Jose.

Acordou tarde.
A cama ficou desarrumada
Como sempre.
Dia diferente
Três horas e a mesma musica
No repeti.
Almoçou uma coxinha
No bar da esquina.
Apenas pensava
Nada dizia.
Dia após dia
Repassou em sua mente
Em poucas horas.
E poucas horas depois
Embarcou em um ônibus
E nada mais se sabe dele.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Até Breve

Não sou bom com despedidas
Geralmente me despeço logo que me apresenta
Antes de abrir a boca tenho certeza que a conversa vai acabar
Eu vou estar bêbado e louco pela minha cama
E provavelmente eu não irei ver aquela pessoa tão cedo.
Mas não importa!
Cedo ou tarde nos esbarramos...
Pode ser que demore, mas iremos ouvir falar de nós.
E isso não seria um encontro?
Sim seria!
Talvez eu tenha prazer em reencontrar você
Não dou garantias
Deve ser uma loucura isso
Mas adoro me despedir das pessoas
Com isso possibilito a elas conhecer um “eu futuro”
Despedir não é dar adeus
Talvez até breve, logo, daqui a pouco, quem sabe?
Abandonei a idéia de aprisionar as pessoas ao meu redor
Ter um elo não tem nada a ver com aprisionar ou encarcerar alguém
Pode ser boa, a ausência de alguém tão presente.
Pensa assim enquanto as coisas vão passando
Pensa assim!
Até breve!

domingo, 23 de maio de 2010

(...)

E por quê?

Roubaram-me as interrogações

e só me deixaram pontos finais.


Mas prefiro, resistindo, as reticências...

Não por dúvida ou hesitação,

mas por convicção.


Os caminhos são mais vastos.

As respostas podem ser múltiplas

E recuperar as interrogações.


Os sentimentos são imprevisíveis.

A vida também!

E não me dá muita atenção.

Ângela Pereira.

23 de maio de 2010.

sábado, 22 de maio de 2010

O Pulo

No dia em que fechei minha mala
E sai fugido
Pela porta do quarto dos fundos
Ela sorria no portão a minha espera
Mal sabia,
Era a ultima vez que me veria
Fugi!
Corri pelos becos imundos dos meus medos
Pulei
Precipício esperto,
Caí
Como queria o precipício...
Batia em paredes macias
Eram fortes e cheirosas...
Lembravam os seios das moças da minha rua
Conformado, confortado
Confrontei a verdade de sair
Assumir maioridade sendo ainda o menor da família
Fugi pelos becos
Onde eu apenas cabia
Tomei o mundo
E agora independente, esbarrei com a fome.
Na esquina de casa deitei
As noites são mais frias
Vento bate forte
Já não tenho o edredom xadrez
Conforto ficou pra traz, não coube na mala.